![Cover O que é uma plataforma de pagamentos white label? [Guia]](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fzoop.blog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F05%2F13.-Whitelabel.jpg&w=750&q=75)
O que é Credit as a Service e como funciona?

A resposta para o que é Credit as a Service e por que tantas empresas enxergam valor nesse modelo começa com uma mudança no jeito de oferecer crédito.
Em vez de criar um banco do zero, negócios agora contam com plataformas tecnológicas prontas para entregar soluções financeiras direto na jornada do cliente. Sem filas, papelada ou estruturas complexas. Só tecnologia aplicada com estratégia.
Essa lógica já faz parte do vocabulário de quem acompanha o avanço das fintechs. Termos como Payment as a Service e Banking as a Service mostram como a estrutura permite que empresas incorporem serviços financeiros sem, de fato, serem instituições financeiras.
Agora, o mesmo princípio se aplica ao crédito quando falamos do Credit as a Service, uma forma de oferecer soluções de financiamento personalizadas por meio de APIs, com integração simples e alto potencial de escala.
Embora ainda esteja em expansão, as fintechs de crédito lideram o setor de tecnologia financeira no Brasil, com 17,5% de participação, segundo o Fintech Report 2024.
Quer entender o que é Credit as a Service, como funciona, por que faz sentido para tantos negócios e como esse modelo se consolida no Brasil? Acompanhe a leitura.
O que é mercado de crédito?
O mercado de crédito reúne todas as operações financeiras que envolvem empréstimos e financiamentos entre pessoas físicas, jurídicas e instituições. Esse sistema permite o acesso a recursos antecipados com base na confiança de pagamento futuro e movimenta a economia ao estimular o consumo, o investimento e o crescimento.
Presentes em compras online com cartão de crédito ou em grandes empréstimos feitos por bancos a empresas, essas operações impulsionam o dinheiro em circulação e fortalecem o desenvolvimento socioeconômico. Quando o crédito chega ao consumidor, não só viabiliza uma compra, mas ativa toda uma cadeia produtiva.
Esse mercado acompanha de perto indicadores como taxa Selic, inflação, inadimplência e câmbio. Em momentos de instabilidade, conseguir crédito pode se tornar mais difícil, especialmente para empresas que dependem de capital para expandir.
No Brasil, por exemplo, a taxa de inadimplência entre pessoas físicas somava 73,8 milhões em setembro de 2024, de acordo com o Boletim Econômico da Serasa Experian.
O modelo tradicional de crédito — concentrado em bancos e instituições financeiras — ainda representa a base desse sistema. No entanto, a burocracia, a lentidão nas análises de risco e a falta de personalização abriram espaço para soluções mais ágeis.
É nesse ponto que o Credit as a Service entra como uma evolução natural ao oferecer crédito com mais flexibilidade, velocidade e alcance.
De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a carteira de crédito cresceu 10,8% em 2024, puxada principalmente por linhas voltadas a pessoas físicas. Esse movimento reforça o papel estratégico do crédito no dia a dia das famílias e mostra como o setor se mantém como um dos motores da economia.
O que é Credit as a Service (CaaS)?
Credit as a Service (CaaS) é um modelo que permite às empresas oferecer crédito de forma integrada e personalizada, sem precisar se tornar um banco. Com apoio da tecnologia, o CaaS transforma o crédito em um serviço, adaptável a diferentes perfis de cliente e contextos de mercado.
Na prática, o CaaS funciona como uma plataforma tecnológica que integra soluções financeiras diretamente aos sistemas de empresas, marketplaces e fintechs. APIs (Application Programming Interface) fazem essa ponte acontecer ao conectar dados, sistemas e usuários com agilidade.
O modelo rompe barreiras: negócios fora do setor financeiro podem criar suas próprias ofertas de crédito, com controle total sobre regras, público e critérios de concessão.
Além da flexibilidade, o CaaS garante escalabilidade. Empresas de diferentes segmentos — como e-commerce, educação, saúde e mobilidade — aproveitam essa tecnologia para ampliar valor para seus clientes e desbloquear novas fontes de receita.
Outro diferencial está na personalização. Ao se integrar ao Open Finance, o modelo acessa dados como histórico de crédito e transações bancárias. Com essas informações, a empresa molda ofertas mais assertivas, alinhadas ao comportamento e à realidade de cada cliente.
Essa flexibilidade abre espaço para diferentes exemplos de aplicações do Credit as a Service, que vão desde e-commerces que oferecem parcelamentos inteligentes até plataformas de mobilidade que criam linhas exclusivas para motoristas parceiros.
Além de entender o que é Credit as a Service, nos próximos tópicos você confere como essa solução funciona e quais as vantagens.
Como funciona o Credit as a Service?
Você já entendeu o conceito, mas afinal, como funciona o Credit as a Service? Empresas que querem oferecer crédito, sem criar tudo do zero, contratam soluções tecnológicas que entregam produtos personalizados e variados.
Toda essa estrutura vem pronta em uma plataforma white label — um sistema sob medida que se adapta à operação da empresa, como se tivesse sido desenvolvido internamente.
A plataforma white label é uma tecnologia pronta, desenvolvida por uma empresa especializada, que pode ser adaptada e incorporada por outras companhias na própria operação, sem exibir marca ou direitos da fornecedora original.
Na prática, ao contratar um serviço de Credit as a Service, a empresa integra a tecnologia à sua rotina como se tivesse desenvolvido internamente. O cliente final enxerga a experiência de crédito como parte natural do serviço oferecido.
A base do CaaS combina inteligência artificial com aprendizado de máquina para analisar grandes volumes de dados e gerar soluções sob medida. O sistema avalia riscos, calcula a probabilidade de pagamento e define as condições ideais com base em histórico de crédito, fluxo de caixa, dívidas registradas, receita e movimentações financeiras.
Além disso, muitas plataformas utilizam blockchain para aumentar a segurança das transações e liberar os empréstimos de forma automatizada, sem depender de processos manuais.
Agora que você já entendeu como o modelo funciona, vale conhecer um exemplo de aplicação do Credit as a Service. A seguir, destacamos um case que mostra o modelo de negócio na prática.
Como o mercado de Credit as a Service evolui no Brasil?
O mercado de Credit as a Service no Brasil continua em consolidação, mas já ocupa uma posição estratégica no ecossistema financeiro. De acordo com a Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2024, o volume de crédito concedido por fintechs cresceu 52% em 2023 e alcançou R$ 21,1 bilhões.
O levantamento também revela que 58% dessas empresas já se consolidaram, com faturamento anual ou investimento total acima de R$ 20 milhões. Além disso, o número de clientes pessoa física disparou e chegou a 46,7 milhões no Brasil e cerca de 7 milhões no exterior.
Esse avanço reflete a busca do mercado por soluções de crédito mais acessíveis e adaptadas à realidade econômica atual. Após anos de instabilidade provocados pela pandemia e seus desdobramentos, empresas passaram a priorizar alternativas mais ágeis, flexíveis e centradas na experiência do cliente.
A projeção da Febraban para 2025 aponta crescimento de 9% na carteira de crédito, impulsionado principalmente pela demanda de pessoas físicas. Ao mesmo tempo, empresas buscam modelos mais eficientes para financiar operações e crescer com menos fricção.
Nesse cenário, o Credit as a Service se destaca. O modelo atende desde necessidades pontuais, com linhas de curto prazo, até estruturas financeiras robustas para projetos de longo prazo. Tudo com a agilidade das APIs e sem depender de infraestrutura bancária própria.
A Creditas é um bom exemplo dessa transformação. Reconhecida como uma das principais fintechs do país no Fintech Report 2024, a companhia se destaca por prazos de pagamentos maiores e mais flexíveis aos seus clientes, o que garante um maior controle de risco sobre a inadimplência.
Afinal, quanto maior for o prazo, menores são as parcelas das linhas de crédito e mais fácil de pagar é para a empresa solicitante.
Quer entender melhor como essa transformação no mercado financeiro acontece na prática? No vídeo a seguir, você confere como funciona o modelo Fintech as a Service e por que tem tudo a ver com o avanço do Credit as a Service. Confira:
Quais as vantagens do Credit as a Service?
O Credit as a Service traz benefícios tanto para consumidores quanto para empresas. A seguir, veja como cada parte envolvida ganha com esse modelo:
- fomento à inovação no mercado de crédito: o CaaS abre espaço para o surgimento de novos players, especialmente startups, que impulsionam a concorrência e modernizam os serviços oferecidos;
menos burocracia para o consumidor final: os clientes acessam soluções de crédito com menos barreiras, prazos mais flexíveis e condições personalizadas, o que melhora a experiência e amplia o acesso; - oportunidade para fintechs escalarem seus negócios: empresas de tecnologia financeira podem lançar ferramentas no mercado e comercializar soluções completas para empresas interessadas em oferecer crédito;
- personalização e agilidade para empresas B2B: negócios que adotam o CaaS ganham autonomia para estruturar ofertas sob medida, com análise de crédito mais ágil e alinhada às necessidades reais dos seus clientes;
- engajamento e fidelização de clientes: ao oferecer crédito de forma transparente e segura, as empresas aumentam o engajamento da base de consumidores e fortalecem o relacionamento de longo prazo;
- aplicação prática do Know Your Client (KYC): o modelo permite conhecer melhor o perfil do público, o que torna a análise de crédito mais precisa e a jornada de compra mais eficiente.
Como implementar o Credit as a Service?
Para implementar o Credit as a Service, você deve:
- Avaliar provedores e escolher uma plataforma;
- Integrar o CaaS ao sistema de negócios;
- Gerenciar o relacionamento com o provedor de CaaS.
Abaixo, mostramos os detalhes de como colocar o CaaS em prática com segurança, eficiência e foco no resultado. Confira!
1 – Avaliar provedores e escolher uma plataforma
O primeiro passo envolve uma decisão estratégica: selecionar o parceiro ideal. Não basta contratar qualquer solução com promessa de agilidade. É essencial analisar a reputação do provedor, entender a robustez da tecnologia e conferir se a empresa oferece suporte técnico, segurança de dados e flexibilidade para personalização.
Também vale investigar como o provedor lida com compliance, integração via API e alinhamento com as normas do Banco Central e do Open Finance. Um bom fornecedor de CaaS entrega mais do que tecnologia — oferece estabilidade, confiabilidade e uma base sólida para escalar sua operação.
2 – Integrar o CaS ao sistema de negócios
Escolheu o parceiro? Hora de trazer a solução para dentro da empresa de forma inteligente. O CaaS precisa conversar com os sistemas que já fazem parte da rotina — ERP, CRM, plataformas de pagamento ou qualquer outro ponto de contato com o cliente.
Nessa fase, a equipe técnica entra em cena. Com a integração feita via APIs, a empresa adapta a plataforma à sua identidade e define as regras de concessão de crédito com base no perfil do público e nas metas do negócio. O crédito vira parte natural da jornada do cliente — sem fricção, sem ruído.
3 – Gerenciar o relacionamento com o provedor de CaS
A implementação não termina com a integração. O relacionamento com o provedor precisa de acompanhamento constante. Avaliar o desempenho da plataforma, revisar métricas de concessão e inadimplência, testar ajustes e alinhar atualizações são tarefas essenciais para manter a operação saudável e previsível.
Um bom parceiro se posiciona como extensão da sua equipe. Oferece melhorias contínuas, antecipa riscos e ajuda a ajustar a rota quando necessário. Essa parceria afeta diretamente a experiência do cliente e a rentabilidade da oferta de crédito.
Além de entender os benefícios do Credit as a Service para consumidores e empresas, e como implementá-lo, veja se o modelo de negócio apresenta desvantagens.
E as desvantagens do credit as a service?
Pois é, nem tudo são flores no mundo do Credit as a Service no Brasil e no mundo. Afinal, em prol do controle de risco para oferecer crédito de forma mais flexível, é preciso ter algumas contrapartidas que podem não ser tão atrativas para os clientes. Entre os principais pontos, estão:
- taxas de juros elevadas: empresas de Credit as a Service, apesar de terem menos burocracias e oferecerem serviços personalizados, geralmente oferecem taxas de juros mais elevadas, principalmente quando comparadas a grandes instituições financeiras, como os bancos públicos, que conseguem subsídios exclusivos para rebaixamento dos juros em relação ao mercado;
- possíveis falhas tecnológicas: se por um lado a tecnologia é um dos pontos mais atraentes do Credit as a Service, por outro, é preciso também ficar ligado com possíveis falhas técnicas que coloquem a segurança e eficiência da linha de crédito em risco. Por isso, conheça bem a tecnologia e a companhia por trás do serviço;
- exposição ao risco: conheça bem as empresas que oferecem a linha de crédito, como sua saúde financeira e capacidade de honrar os compromissos. Em casos de períodos de instabilidade econômica, os riscos são maiores.
Quais são os desafios do Credit as a Service?
Toda empresa que atua no mercado assume riscos — e com o CaaS não é diferente. Os desafios do Credit as a Service envolvem desde problemas técnicos e falhas na tecnologia até instabilidades financeiras que podem afetar a operação como um todo.
Por isso, quem adota esse modelo precisa avaliar esses pontos com atenção e agir com planejamento. Flutuações de mercado, problemas macroeconômicos, liquidez em baixa são alguns dos outros fatores que podem fazer uma empresa com Credit as a Service não honrar seus compromissos.
A inadimplência de muitos clientes pode afetar diretamente a liquidez e desestabilizar a operação da empresa. Por isso, vale agir com estratégia desde o início e buscar formas de reduzir ao máximo o risco de calote.
Como o CaaS se conecta com outros modelos FaaS?
Assim como outros serviços, como Banking as a Service e Payments as a service, a principalmente semelhança desses segmentos com o CaaS é a plataforma white label. Esse conceito representa a simplicidade de implementação, flexibilidade e inovação desses serviços na estrutura operacional de diversas empresas, independente do tamanho e funcionamento.
O método white label é bastante frutífero para as contas da empresa. Afinal, não será necessário investir uma grande quantia para obter uma estrutura própria e do zero de pagamento, conta bancária ou sistema de crédito.
Por muito menos, é possível adquirir uma tecnologia já desenvolvida e perfeitamente adaptável ao seu negócio. Além disso, o serviço geralmente conta com suporte técnico exclusivo que se compromete na manutenção e funcionamento da plataforma.
O serviço oferecido pela Zoop facilita tanto a vida do empreendedor, como o aplicativo de delivery, que por meio de uma plataforma white label consegue simplificar as transações e tornar a vida de todos envolvidos no processo comercial mais fácil.
Confira abaixo como a Zoop construiu com o Ifood um case de sucesso na estratégia de pagamentos dos aplicativos de delivery:
No caso de uma plataforma white label de CaaS, a integração da ferramenta também seria a mesma. Incrível, não é verdade?
E aí, gostou do conteúdo sobre o que é credit as a service? Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas sobre o CaaS no Brasil e como essa nova tendência de fintechs funciona! Continue acompanhando nosso blog para mais artigos especiais sobre finanças e tecnologia. Até a próxima!
A Zoop é uma fintech líder em tecnologia para serviços financeiros. Converse agora mesmo com um dos nossos especialistas e conheça as melhores soluções para gerenciamento financeiro de pagamentos.
Assine nossa newsletter
Receba os melhores insights diretamente na sua caixa de entrada para construir jornadas de pagamento e experiências bancárias que impulsionam o seu negócio.